Por que o homem fez Deus à sua imagem e semelhança?
O Deus pregado pelas religiões, esse Deus que castiga, pune, julga ou faz milagres, esse Deus que condena ou salva, capaz de se vingar ou até matar, é uma construção da cultura mitológica dos povos antigos, e não o Pai amoroso que Jesus veio nos trazer. Manter essas falsas verdades das religiões faz pensar que Deus está longe de nós, quando, na verdade, não há quem esteja mais perto. Entenda como no 21º capítulo do livro “Kardec (em Espírito) corrige ‘O Livro dos Espíritos’“, que publicamos na íntegra a seguir.
Este processo de pensar num Deus parecido com a gente (em vez de admitir que nossa essência foi criada à sua imagem e semelhança) é chamado de antropomorfismo.CAPÍTULO 21
(leia os capítulos anteriores)
217. Antropo o quê?
a) De forma simples, antropomorfismo quer dizer ter a forma e as características humanas;
b) Achando que Deus é parecido com a gente, damos a ele também nosso jeito de ser.
218. Quer dizer que nós é que nos acostumamos a pensar em Deus à nossa imagem e semelhança, em vez do contrário?
Exatamente! Ao transformar Deus no velho barbudo e bravo:
a) Fizemos parecer que Deus tem um corpo de carne como o nosso;
b) Que ele é nervoso como nós. Daí o temor a Deus;
c) Que ele é vingativo como nós. De novo o temor;
d) Que ele é negociante como nós. Daí o dízimo, as promessas, as velas e os milagres;
e) Que ele comete erros como nós. Por isso muda de ideia ou faz milagres;
f) Que ele é vaidoso. Daí privilegiar alguns e prejudicar outros;
g) Que ele é injusto. Daí o pecado original, castigar a todos nós pelos erros de Adão e Eva;
h) Que ele é incompetente. Daí os demônios e o inferno;
i) Que ele não sabe o que faz. Daí o dilúvio e Noé;
j) Outras coisas poderíamos dizer. Deixamos a você o trabalho de pensar a respeito.
219. E por que preferimos transformar Deus em alguém parecido com a gente, em vez de nós mesmos querermos parecer com ele?
a) Os Espíritos nos dizem em “O Livro dos Espíritos” que Deus nos criou simples e ignorantes;
b) Ignorantes não por sermos mal-educados, mas por não conhecermos as coisas;
c) Se ainda hoje é difícil entender como Deus é, imagine quando éramos primários;
d) Na época de Moisés, não tínhamos como imaginar um Deus puramente imaterial;
e) E Deus, em seu supremo amor, entendia isso;
f) Então foi se revelando a nós aos poucos, respeitando nossas limitações.
220. Quer dizer que Deus respeita os seus filhos?
a) Com certeza! Ele é a Suprema Bondade e Suprema Humilde;
b) A primeira coisa que Deus nos ensinou foi termos a intuição de alguém mais poderoso que nós;
c) A intuição de alguém mais poderoso faria com que nos sentíssemos protegidos, nunca amedrontados;
d) Essa sensação inata de Deus nos daria então condições e coragem para enfrentar as dificuldades de um planeta primário, como realmente aconteceu na fase primária da Terra;
e) Por isso a intuição, que é nosso instinto espiritual;
f) Instinto, porque ele é uma forma de inteligência que não precisa de raciocínio: age sobre nós automaticamente, sem que precisemos pensar;
g) Isso porque quando somos primários nossa capacidade de raciocinar é muito pequena.
221. E como surgiu essa ideia de um Deus com a forma humana?
a) Na era primária, como não tínhamos nenhuma condição de imaginar o mundo espiritual, não sabíamos quando estávamos encarnados ou desencarnados;
b) Encarnados ou desencarnados, para nós, era a mesma coisa;
c) Isso porque, quando desencarnávamos, a maioria de nós mantinha o perispírito igual ao nosso corpo físico;
d) Só que, desencarnados, víamos os Espíritos que nos protegiam, e que estavam em condições melhores que as nossas;
e) Esses protetores espirituais tinham um perispírito também com a forma humana, só que mais bela e aperfeiçoada, por seu adiantamento moral;
f) Então, ao voltar ao plano físico, mantínhamos a intuição da existência desses seres e também nos sentíamos protegidos por eles;
g) Daí a concluir que eles eram mais poderosos que nós foi um passo;
h) Como eram muitos os Espíritos protetores, fica fácil entender como surgiram os “deuses” da antiga mitologia: eles eram nossos Espíritos protetores;
i) Por isso também o “façamos o homem à nossa imagem e semelhança” da Bíblia (Gênesis, 1:26) no plural, e não no singular;
j) “Façamos” porque, para nós, quem nos protegia eram os deuses, e não Deus;
k) E “à nossa imagem e semelhança” porque tínhamos a mesma forma humana que eles;
l) Tudo isto é claro, sob o ponto de vista humano.
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222. Ora, então o tal antropomorfismo divino surgiu naturalmente em nossa cultura…
a) Sim, surgiu. Só que a partir de Jesus, que nos ensinou a prática da Caridade, poderíamos ter mudado nossa forma de ver Deus;
c) Segundo porque, após a crucificação, ao se materializar diante dos discípulos, Jesus comprovou que todos nós somos Egos (Espíritos propriamente dito): eis aí a verdadeira “imagem e semelhança” (lembremos que Deus é o Ego Supremo);
d) Pede ainda Jesus a nós: “Sede vós, pois, perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito” (Mateus, 5:48);
e) E no final das contas, como vimos, em vez de buscar sermos como Deus, nós é que continuamos, todos esses séculos, fazendo Deus à nossa imagem e semelhança.
223. E por que continuamos fazendo Deus se parecer conosco, e não o contrário?
a) Porque todas as religiões insistem em manter essa ideia primária e mitológica de Deus;
b) Com isso, muitas religiões conseguem “vender” a salvação pela fé sem obras, e até mesmo ganhar dinheiro com isso;
c) O problema é que essas falsas verdades mantidas pelas religiões nos fazem pensar que Deus está longe de nós, quando, na verdade, não há quem esteja mais perto;
d) Fazer Deus parecer conosco é que gera toda a descrença que existe;
e) Como aceitar um Deus que faz coisas mais bárbaras que as nossas? É só ver a Bíblia.
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