Precisamos tornar as Leis Morais tão naturais quanto as Leis Materiais
Neste próximo e último capítulo da primeira parte do livro “Kardec (em espírito) corrige o Livro dos Espíritos”, entenderemos as diferenças entre Lei Moral e Lei Material, assim como a importância do princípio “Amar ao próximo” e o significado de “amar a Deus sobre todas as coisas”.
CAPÍTULO 36
(leia os capítulos anteriores)
443. Qual a diferença entre Lei Moral e Lei Material?
a) As leis materiais são aquelas ligadas aos fenômenos materiais;
b) As morais são ligadas aos fenômenos espirituais.
444. Explique melhor.
a) Existem as leis biológicas, que se referem a tudo sobre a vida física;
b) Termos que nos alimentar para nos mantermos vivos, por exemplo;
c) Ninguém precisa nos lembrar de que devemos nos alimentar quando estamos com fome;
d) Sabemos exatamente o que devemos fazer quando isso acontece;
e) São todos os reflexos instintivos adquiridos em nossa evolução;
f) Jamais precisarei ser lembrado que preciso respirar: faço isso automaticamente.
445. E onde a moral entra nessa história?
a) Em ações voluntárias, que tomo sem automatismo algum, e uso meu senso moral;
b) Por exemplo: quando preciso escolher o tipo de roupa que quero usar, faço isso de acordo ou com minhas necessidades, ou com minha vaidade;
c) Uma calça jeans de cem reais veste tanto quanto uma de mil reais;
d) O que muda é minha busca de status social, ou como quero me embalar.
446. E o que isso tem a ver….?
a) Socialmente tudo: o planeta tem naturalmente seus limites;
b) Não há como fugir: o excesso de uns sempre será a falta de outros;
c) Mas se eu olho a vida somente como um fato material, nada me leva a pensar nos outros;
d) Portanto as leis materiais, em si, não têm como gerar um processo social equilibrado;
e) É preciso algo mais forte, que nos faça superar nosso orgulho e egoísmo.
447. E o que seria este “algo mais forte”?
a) A existência do Ego é este “algo mais forte” e cientificamente já comprovado;
b) Basta ter olhos de ver e ouvidos de ouvir que tudo ficará mais do que claro;
c) A Revelação Espírita é a Ciência que desvendou todas as leis morais passíveis de compreensão aqui na Terra;
d) E estas leis morais são exatamente as Intocáveis Verdades Espíritas, que vimos no início desta obra: a existência de Deus, a fé racional, a Caridade (fora da Caridade não há solução), a imortalidade do Espírito, a evolução espiritual, a lei da reencarnação, a lei do livre-arbítrio e a lei de causa e efeito;
e) Temos que aprender a usá-las automaticamente, como o fazemos com as leis materiais;
f) Fazer o bem tem que ser tão automático quanto respirar.
g) É preciso ainda lembrar, que fomos moralmente preparados em todo nosso processo evolutivo para sabermos usar as verdades morais tão bem quanto as materiais.
h) Só que pelo mau uso do livre arbítrio, colocamos de lado todo esse conhecimento, por orgulho e por egoísmo, passando a precisar de tudo o que aqui foi explicado, para retomarmos o rumo certo.
448. Mas isso é muito difícil!
a) Difícil é não fazer e continuar num círculo de reeducação pela dor;
b) Levamos bilhões de anos para automatizar as leis materiais e morais na manutenção de nossas existências.
c) Todo esse aprendizado foi fixado através dos instintos, e é por isso que lidamos com eles com tanta facilidade;
d) Porém, com a aquisição da consciência e do pleno livre arbítrio é que começamos a distorcer nosso instinto, chegando até a praticar barbáries;
e) Chegando ao ponto que chegamos.
449. E existe algum atalho ou meio mais rápido de conseguir isso com o mínimo de dor e sofrimento?
-O atalho mais rápido é a maior lei que Jesus nos deixou: amar ao próximo como a si mesmo. Ou seja: praticar a Caridade.
450. É possível explicar melhor?
a) Repetimos: praticar a Caridade é fazer pelo nosso próximo todo o bem que pudermos;
b) Fazendo o bem, nunca estaremos fazendo nada errado e consequentemente não faremos o mal;
c) O conjunto de atitudes neste sentido criará uma sociedade equilibrada e feliz;
d) Aprenderemos com isso a desenvolver e praticar todas as leis morais, automatizando-as em nosso comportamento;
e) A partir daí, trabalhar pela felicidade do próximo será tão automático quanto respirar.
451. Mas e se eu for ateu?
a) Se você for um ateu caridoso, não haverá nenhum problema;
b) Deus não pode exigir de nós que o adoremos. Isso seria regredir à mitologia;
c) Se ele é o Ser Supremo, ele usufrui da suprema felicidade e não depende de nossa adoração para ser feliz, mas de nossa existência, para ter a quem amar;
d) Logo a única coisa que Deus quer, é que trabalhemos pela felicidade uns dos outros;
e) Não pode assim haver nenhuma dúvida que o que Deus prioriza é o “amar ao próximo”;
f) Se você for ateu, continue não se preocupando com Deus, sem nunca deixar de trabalhar pela felicidade do próximo.
g) É preciso ter o rigoroso cuidado de jamais praticar a idolatria, achando que nosso Pai exige que o adoremos.
452. Mas isso não contraria tudo o que dizem as religiões e o próprio Espiritismo?
a) Mas mostre que é um erro o que dissemos, sem contrariar todos os atributos de Deus, e retiramos nossos argumentos;
b) Querer ser adorado é um sentimento que tem sua origem no orgulho;
c) E o que você diria de um pai que se preocupa mais em ficar sendo bajulado, em sua condição de superioridade, do que com a felicidade de seus filhos?
d) Que tipo de amor é esse?
e) Onde fica a Caridade desse Pai?
f) Onde fica a Humildade desse Pai?
g) Onde fica a Sabedoria desse Pai?
453. Mas nós não devemos amar a Deus sobre todas as coisas?
a) Se fosse assim, estaríamos todos perdidos;
b) Quando os pais sofrem mais? Quando se esquecem de Deus, ou perdem seus filhos?
c) Qual mãe poderá dizer, sem hipocrisia, que não se preocupa muito mais com seus filhos do que com seu amor a Deus?
d) Honestamente: você acha mesmo que os pais amam mais a Deus do que a seus filhos?
454. Você está dizendo que não devemos amar a Deus?
a) Sem dúvida que devemos amá-lo;
b) Mas não por obrigação, mas por entendermos o “cara” maravilhoso que ele é;
c) E se houver necessidade de deixá-lo em segundo plano, para nos preocuparmos com alguém, podemos ficar tranquilos;
d) O que Deus quer de nós é que sempre façamos o bem;
e) É por causa dessa coisa de colocar Deus acima de tudo, que se criou o famoso temor a Deus e as consequentes barganhas;
f) Mas como temer o amor supremo?
g) Como temer àquele que nos ama infinitamente e tem o supremo poder para nos fazer feliz?
455. Mas então Jesus errou, quando afirmou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas…
a) Pare de querer confundir as coisas;
b) Jesus sabia como ninguém o Pai maravilhoso que Deus é;
c) Sabia que Deus só quer e só trabalha por nossa felicidade;
d) E que nós, livremente, deveríamos respeitar a vontade do Pai por isso tudo;
e) E isso sim é amar a Deus sobre todas as coisas: respeitar sua suprema vontade, por saber que não é só querer a nossa felicidade, mas também que o Pai trabalha sempre para que isso aconteça;
f) Mas se Deus deseja que sejamos todos felizes, amá-lo fazendo a infelicidade do próximo nunca será amá-lo;
g) Por isso na parábola do Bom Samaritano, Jesus nem sequer fala em amar a Deus, mas em fazer a vontade do Pai;
h) Pois é impossível amar de verdade a Deus sem amar ao próximo;
i) Como, aliás, afirmou e reafirmou Jesus.
456. Então trabalhar pela felicidade dos que nos estão próximos, fazendo, pela prática da Caridade, todo o bem que pudermos a eles, seria a única maneira de amar de verdade a Deus?
-Este é o único caminho para praticarmos as Leis Morais naturalmente, como comemos e respiramos, e consequentemente amarmos a Deus.
457. Então o ateu caridoso ama a Deus sem saber? E até mais que nós?
-Sábia conclusão. Mas acompanhe conosco a Correção de “O Livro dos Espíritos”, já que você descobriu por tudo o que vimos, que o amor por Deus surgirá em seu coração sem que você precise temê-lo, ou se sinta obrigado; mas, sim, pela simples descoberta da Verdade sobre o Maior Amor que já existiu e sempre existirá no Universo:
O AMOR DO DEUS AMOR POR NÓS TODOS
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- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Primeiro, Capítulo 1
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Primeiro, Capítulo 2
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Primeiro, Capítulo 3
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Primeiro, Capítulo 4
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Segundo, Capítulo 1
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Segundo, Capítulo 2
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Segundo, Capítulo 3
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Segundo, Capítulo 4
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- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 4
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- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 7
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 8
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 9
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 10
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 11
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Terceiro, Capítulo 12
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Quarto, Capítulo 1
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Livro Quarto, Capítulo 3
- Parte 5: A revisão de “O Livro dos Espíritos” – Encerramento