A bondade de Deus é tamanha que em qualquer situação da vida o Pai só vê o que realmente existe: o bem.
O pedido egoísta? É o máximo que a criatura em duro aprendizado de isolamento próprio pode dar de si mesma para contribuir com a Criação. Deus o ouve com paciência, e propõe ao filho o caminho mais rápido para sua cura moral –às vezes o da dor, tão incompreendida pelo homem envolvido pelo mito e pelo materialismo, afastado da real compreensão do Pai e da realidade do Universo.
A vontade impositiva? É a compreensão ainda limitada que o ser faz de seu próprio livre-arbítrio, julgando-se mais que os irmãos que com ele convivem. Deus o acolhe nos braços amorosos, e o convida ao esforço para a compreensão da vontade alheia.
O pão acumulado de forma exclusivista? Deus não censura o homem cegamente apegado à pequena sensação e que desconhece a luz da felicidade real da Caridade. Propõe-lhe, no entanto, a prova da escassez, para que aprenda a valorizar o equilíbrio.
O perdão olvidado em razão da cólera? É o remédio que o ser em desequilíbrio fornece ao irmão necessitado da cura moral, que, se bem compreendido, ajuda aquele que parece padecer. O renitente, nesta situação, é digno de auxílio e oração, pois se coloca em situação difícil para contribuir no resgate daqueles que lhe sentem o coração em brasa.
Hoje sabemos que o mal não existe –só podemos, então, pedir ao Pai que nos afaste da própria cegueira. E quando os primeiros contornos do Deus Consolador se fazem enxergar, toda menção religiosa em nosso dia elevará nosso Espírito aos cimos da Boa Vontade e do trabalho redentor, em vez de nos suprimirem a força pelos laços da culpa.
Do arrependimento lastimoso, a Humildade nos levará então à renovação da atitude mental para o bem, conduzindo-nos ao único caminho que cobrirá, enfim, a multidão de nossos erros –a Caridade.
Que seja feita, enfim, Pai, a sua única e suprema vontade –que sejamos felizes na simplicidade de cada dia.
Espírito da Verdade
Mensagem psicodigitada no dia 10/4/2012 em São Paulo pelo médium Francisco Madureira após a leitura do capítulo 21 do livro “O Espírito da Verdade”, por autores diversos, com psicografia de Chico Xavier.